A enxaqueca é mais do que uma dor de cabeça. Trata-se de uma doença neurológica progressiva caracterizada por crises recorrentes de dor de cabeça moderada a severa. Independentemente do fator inicial que desencadeia a enxaqueca, pensa-se, de forma geral, que a cefaleia envolve a ativação do sistema trigeminovascular (STV), um catalisador da libertação de neuropeptídeos vasoativos, como o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP), que causa inflamação e vasodilatação que culminam na dor de cabeça.

Embora as experiências possam ser diferentes de pessoa para pessoa, a maioria delas tende a sentir dor de cabeça pulsante, náusea, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. Pessoas que têm quatro ou mais dias de dor de cabeça por mês correm o risco de progressão para a enxaqueca crônica.

Aproximadamente 32 milhões de brasileiros convivem com a enxaqueca. A enxaqueca frequentemente começa a afetar os indivíduos perto da puberdade, e as mulheres têm três vezes mais chances de ter enxaqueca do que os homens. De fato, a enxaqueca afeta 30% das mulheres ao longo de suas vidas.

Embora a maior parte das pessoas que convivem com a enxaqueca tenham crises apenas uma ou duas vezes por mês, mais de 2 milhões de pessoas no Brasil vivem com a enxaqueca crônica, tendo pelo menos 15 dias de enxaqueca por mês. A enxaqueca é considerada uma das mais incômodas entre todas as doenças neurológicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca a enxaqueca entre as 10 doenças mais incapacitantes do planeta.

Referências: 1. National Headache Foundation. Disponível em: https://headaches.org/wp-content/themes/bridge-child_nhf/documents/161024_LOT-A_MigraineSymptoms.pdf 

2. Gasparini CF et al. Studies on the pathophysiology and genetic basis of migraine. Current Genomics 2013; 14(5): 300–315

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